Você é um bom gestor?

Eloisa Bocaiuva Santos       

Estudando sobre gestão humana, vemos que um bom gestor deve ter tantas qualidades que o torna praticamente um ser perfeito, sendo que até duvidamos se ele realmente existe. Nas diversas literaturas disponíveis sobre o tema, nos deparamos com o que parece um mundo irreal, dos contos de fadas, onde o que acontece é um planejamento, execução e mentoriedade perfeitos, resultando em nada mais, nada menos, que a perfeita sincronia de um ballet russo com direito a exauridos aplausos da plateia.

Mas será essa a realidade no mundo corporativo?
De um lado temos os acionistas querendo resultados, o que entende-se lucros. Do outro temos os colaboradores exaustos, dando o máximo empenho para atender aos propósitos da empresa. E entre esses dois grupos está o gestor. Hoje sabemos da dificuldade e complexidade em desenvolver uma boa gestão. A sociedade capitalista exige bons resultados, sem interesse em como eles serão alcançados. Esse pragmatismo faz com que até alguns danos ao colega de trabalho aconteçam, onde conhecimentos para o bem coletivo são omitidos, associada ainda  uma competição ardente e nada saudável entre as equipes para mostrar quem produziu ou vendeu mais, aflorando a vitimização em alguns colaboradores.

É o gestor quem deve impulsionar a equipe e driblar os desafios para atingir os objetivos estabelecidos. No entanto, ele pode ir além. Ele pode e deve se desenvolver, despertar o que há de melhor nas pessoas, mudar paradigmas, fazer a diferença na sociedade. Este é um dos pilares da função do bom gestor. Apresentar maneiras pacificadoras de lidar com a diversidade, receber ideias novas, afinar os ouvidos para ouvir e então dialogar.
Como apresenta o prof. Robson Santarém, “para ser  um bom líder ele precisa se auto liderar”.

“Para ser um bom líder é preciso se auto liderar”

Portanto, antes de desenvolver um excelente gestor, precisamos desenvolver um excelente ser humano. Um ser humano capaz de entender seus sentimentos, suas limitações, entender a complexidade de seus valores, crenças e vontades. Posterior e automaticamente vão replicar seguidores autoconfiantes, encorajando a seguirem juntos e assim encontrarão a melhor solução, onde toda a organização sairá ganhando.

O bom ser humano consegue enxergar o outro, notar sua presença e caminhar junto com o outro. Sugestões e melhorias sempre serão bem vindas, porque seu único objetivo é acatar e fazer seu colaborador melhor; caso ele consiga essa proeza, o gestor será o primeiro a puxar os tão exaustivos aplausos e saberá que valeu a pena ser um bom gestor.
E você? É um bom ser humano?

Dicas de livros sobre o tema:

 

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